sábado, 7 de fevereiro de 2009

Cruz e Souza, o poeta simbolista


Cruz e Sousa
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Cruz e Sousa
Nascimento 24 de novembro de 1861
Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis, Santa Catarina
Falecimento 19 de março de 1898
Antônio Carlos, Minas Gerais
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Poeta
Escola/tradição Simbolismo

João da Cruz e Sousa (Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis) 24 de novembro de 1861 — Estação do Sítio, 19 de março de 1898) foi um poeta brasileiro, alcunhado Dante Negro e Cisne Negro. Foi um dos precursores do simbolismo no Brasil.

Filho de negros alforriados, desde pequeno recebeu a tutela e uma educação refinada de seu ex-senhor, o Marechal Guilherme Xavier de Sousa - de quem adotou o nome de família. Aprendeu francês, latim e grego, além de ter sido discípulo do alemão Fritz Müller, com quem aprendeu Matemática e Ciências Naturais.

Em 1881, dirigiu o jornal Tribuna Popular, no qual combateu a escravidão e o preconceito racial. Em 1883, foi recusado como promotor de Laguna por ser negro. Em 1885 lançou o primeiro livro, Tropos e Fantasias em parceria com Virgílio Várzea. Cinco anos depois foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como arquivista na Estrada de Ferro Central do Brasil, colaborando também com o jornal Folha Popular. Em Fevereiro de 1893, publica Missal (prosa poética) e em agosto, Broquéis (poesia), dando início ao Simbolismo no Brasil que se estende até 1922. Em novembro desse mesmo ano casou-se com Gavita Gonçalves, também negra, com quem tem quatro filhos, todos mortos prematuramente por tuberculose, levando-a à loucura.

Faleceu a 19 de Março de 1898 no município mineiro de Antônio Carlos, num povoado chamado Estação do Sítio, para onde fôra transportado às pressas vencido pela tuberculose. Teve o seu corpo transportado para o Rio de Janeiro em um vagão destinado ao transporte de cavalos. Ao chegar, foi sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier por seus amigos, dentre eles José do Patrocínio.Onde permaneceu até 2007, quando seus restos mortais foram acolhidos no Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa no centro de Florianópolis.

Foi integrante da Academia Catarinense de Letras, de cuja cadeira 15 é patrono.


As estrelas

Lá, nas celestes regiões distantes,
No fundo melancólico da Estrela,
Nos caminhos da eterna Primavera
Do amor, eis as estrelas palpitantes.

Quantos misterios andarão errantes,
Quantas almas em busca da Qumra,
Lá, das estrelas nessa paz austera
Soluçarão, nos altos céus radiantes.

(...)

Trecho de soneto de Cruz e Soza de 1900, em Poesias Completas.

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