sexta-feira, 31 de julho de 2009
quinta-feira, 30 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
terça-feira, 21 de julho de 2009
Texto de Jabor retirado do site da CBN
Texto circulando na internet
A coisa está preta, está tomando rumos que eu não entendo, porque o
Tio Sam que costuma meter o bedelho em rumos que não lhe agradam, ainda não
se manifestou? com as informações privilegiada que ele tem fornecidas pela
CIA!Deve ter caroço debaixo desse angu..
O artigo não é nenhum dos anexos. O artigo do Jabor está bem mais
abaixo do escrito no e-mail que recebi. É cáustico, porém muito bem
escrito. Repassem o mais que puder
Comentário de Dora Kramer, Estadão de Domingo:
"A decisão do TSE que determinou a retirada do comentário de
Arnaldo Jabor do site da CBN, a pedido do presidente 'Lulla' até pode ter
amparo na legislação eleitoral, mas fere o preceito constitucional da
liberdade de imprensa e de
expressão, configurando-se, portanto, um ato de
censura ."
Em outro trecho:
"Jabor faz parte de uma lista de profissionais tidos pelo
presidente Lula como desafetos e, por isso, passíveis de retaliação à
medida que se apresentem as oportunidades !"
Não deixem de ler, reler, passem adiante!!!!!!
"A VERDADE ESTÁ NA CARA, MAS NÃO SE IMPÕE ( ARNALDO JABOR )
O que foi que nos aconteceu?
No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou
melhor, "explicáveis" demais.
Toda a verdade já foi descoberta, todos os crimes provados,
todas as mentiras percebidas.
Tudo já aconteceu e nada acontece. Os culpados estão
catalogados, fichados, e nada rola.
A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe. Isto é
uma situação inédita
na História brasileira.
Claro que a mentira sempre foi a base do sistema político,
infiltrada no labirinto das oligarquias, claro que não esquecemos a
supressão, a proibição da verdade durante a ditadura, mas nunca a verdade
foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente,
desfigurada.
Os fatos reais: com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou
no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e
ficar no poder 20 anos.
Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os
cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes, as provas
irrefutáveis,mas o governo psicopata de Lula nega e ignora tudo.
Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por
suas ações.
Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se
Vingar .
O
outro não existe para ele e não sente nem remorso nem
vergonha do que faz. Mente compulsivamente, acreditando na própria
mentira, para conseguir poder.
Este governo é psicopata!!! Seus membros riem da verdade,
viram-lhe as costas, passam-lhe a mão nas nádegas.
A verdade se encolhe, humilhada, num canto. E o pior é que o
Lula, amparado em sua imagem de "povo", consegue transformar a Razão em
vilã, as provas contra ele em acusações "falsas", sua condição de cúmplice
e comandante em "vítima".
E a população ignorante engole tudo. Como é possível isso?
Simples: o Judiciário paralítico entoca todos os crimes na
Fortaleza da lentidão e da impunidade. Só daqui a dois anos serão julgados
os indiciados - nos comunica o STF.
Os delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem.
A Lei protege os crimes e
regulamenta a própria
desmoralização. Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis,
pois a indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que
escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desse
governo.
Sei que este é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tem de
ser escrito....
Está havendo uma desmoralização do pensamento Deprimo-me:
" Denunciar para quê, se indignar com quê? Fazer o quê?".
A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a
nossa língua.
Este neocinismo está a desmoralizar as palavras, os
raciocínios. A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV,
rádio, tudo fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo .
A cada cassado perdoado, a cada negação do óbvio, a cada
testemunha, muda, aumenta a sensação de que as
idéias não correspondem
mais aos fatos! Pior: que os fatos não são nada - só valem as versões, as
manipulações.
No último ano, tivemos um único momento de verdade, louca,
operística, grotesca, mas maravilhosa, quando o Roberto Jefferson abriu a
cortina do país e deixou-nos ver os intestinos de nossa política. Depois
surgiram dois grandes documentos históricos: o relatório da CPI dos
Correios e o parecer do procurador-geral da República.
São verdades cristalinas, com sol a Pino.
E, no entanto, chegam a ter um sabor quase de "gafe". Lulo-
petistas clamam: "Como é que a Procuradoria Geral, nomeada pelo Lula, tem
o desplante de ser tão clara! Como que o Osmar Serraglio pode ser tão
explícito, e como o Delcídio Amaral não mentiu em nome do PT ? Como
ousaram ser honestos?".
Sempre que a verdade eclode, reagem.
Quando um
juiz condena rápido, é chamado de "exibicionista".
Quando apareceu aquela grana toda no Maranhão (lembram, filhinhos?), a
família Sarney reagiu ofendida com a falta de "finesse" do governo de FH,
que não teve a delicadeza de avisar que a polícia estava chegando... Mas
agora é diferente.
As palavras estão sendo esvaziadas de sentido.
Assim como o stalinismo apagava fotos, reescrevia textos para
contestar seus crimes, o governo do Lula está criando uma língua nova, uma
novi-língua empobrecedora da ciência política, uma língua esquemática,
dualista, maniqueísta, nos preparando para o futuro político simplista que
está se consolidando no horizonte. Toda a complexidade rica do país será
transformada em uma massa de palavras de ordem, de preconceitos
ideológicos movidos a dualismos e oposições, como tendem a fazer o
populismo e o simplismo. Lula será eleito por uma
oposição mecânica entre
ricos e pobres, dividindo o país em "a favor" do povo e "contra",
recauchutando significados que não dão mais conta da circularidade do
mundo atual.
Teremos o "sim" e o "não", teremos a depressão da razão de um
lado e a psicopatia política de outro, teremos a volta da oposição mundo x
Brasil, nacional x internacional e um voluntarismo que legitima o governo
de um Lula 2 e um Garotinho depois. Alguns otimistas dizem:
"Não... este maremoto de mentiras nos dará uma fome de
verdades!". (Arnaldo Jabor)
Tomara que este texto se transforme na maior corrente que a
internet já viu.
sábado, 18 de julho de 2009
Um manifesto pela leitura literária
Assine o manifesto:
http://www.brasilliterario.org.br/participe.php
sexta-feira, 17 de julho de 2009
terça-feira, 14 de julho de 2009
domingo, 12 de julho de 2009
Betty Boop e os direitos dos animais
Postado por canalvoid no youtube: vídeo de animação de 1936 sobre veganismo e defesa dos animais
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Uma notícia atualíssima
Uma notícia atualíssima!(circulando na internet)
Que interessante, não? A reportagem abaixo da Veja é de maio de 1986. Passaram-se 23 anos. O Brasil ganhou Copas do Mundo, a inflação acabou, a ditadura faz parte da história, Airton Senna morreu, Collor foi eleito e deposto, o PT finalmente assumiu o poder, alguns bebês de 1986 agora estão deixando os bancos das faculdades. Mas a Veja de maio de 2009 pode publicar a mesmíssima matéria, apenas com alguns nomes e circunstâncias diferentes. Surpresa? Absolutamente não. Este país não muda e não mudará jamais. A esculhambação é a nossa cara.
Leia o que publicava a revista Veja, em maio de 1986.
terça-feira, 7 de julho de 2009
segunda-feira, 6 de julho de 2009
sábado, 4 de julho de 2009
Ana Peluso - Textos Ilustrados - Projeto Releituras
A Moça Tecelã
Por Marina Colasanti
Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear.
Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte.
Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava.
Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela.
Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza.
Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias.
Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranqüila.
Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.
Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou em como seria bom ter um marido ao lado.
Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado. Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponto dos sapatos, quando bateram à porta.
Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando em sua vida.
Aquela noite, deitada no ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade.
E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar.
— Uma casa melhor é necessária — disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer.
Mas pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente.
— Para que ter casa, se podemos ter palácio? — perguntou. Sem querer resposta imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates em prata.
Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos e portas, e pátios e escadas, e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira.
Afinal o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre.
— É para que ninguém saiba do tapete — ele disse. E antes de trancar a porta à chave, advertiu: — Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos!
Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.
E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros. E pela primeira vez pensou em como seria bom estar sozinha de novo.
Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E descalça, para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear.
Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins. Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela.
A noite acabava quando o marido estranhando a cama dura, acordou, e, espantado, olhou em volta. Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desaparecendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe pelo corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu.
Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte.
Marina Colasanti (1938) nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti com Eu sei, mas não devia e também por Rota de Colisão. Dentre outros escreveu E por falar em amor, Contos de amor rasgados, Aqui entre nós, Intimidade pública, Eu sozinha, Zooilógico, A morada do ser, A nova mulher (que vendeu mais de 100.000 exemplares), Mulher daqui pra frente, O leopardo é um animal delicado, Esse amor de todos nós, Gargantas abertas e os escritos para crianças Uma idéia toda azul e Doze reis e a moça do labirinto de vento. Colabora, também, em revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna.
Texto extraído do livro “Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento”, Global Editora , Rio de Janeiro, 2000, uma colaboração da amiga Janaina Pietroluongo, da longínqua Oxford.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
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